Indivíduos de aldeia dormiam vários dias seguidos e, ao acordar, tinham alucinações bizarras e intenso desejo sexual
Um grande mistério rondava o vilarejo de Kalachi, no Cazaquistão. Desde 2012, alguns moradores da região têm sido contaminados por uma "doença" com sintomas bastante incomuns. Quando afetado, o indivíduo dormia por cerca de seis dias seguidos e, ao acordar, tinha alucinações bizarras e intenso desejo sexual - estado que às vezes demorava até um mês para passar. O mistério, no entanto, acaba de ser solucionado.
A "culpada" é uma antiga e abandonada mina de urânio da era soviética em cima da qual o vilarejo foi construído. Há três anos, ela tem "bombardeado" para a superfície altos índices de monóxido de carbono, o que estava envenenando a população local. As informações são do Daily Mail.
A culpada é uma antiga e abandonada mina de urânio da era soviética em cima da qual o vilarejo foi construídoFoto: Daily Mail / The Siberian Times / Vera Salnitskaya / Reprodução
"A causa da 'doença do sono' bizarra foi determinada. Depois de vários testes médicos, nossos pesquisadores confirmaram que o monóxido de carbono é o culpado pela 'epidemia de sono' no vilarejo de Kalachi. Quando os níveis de monóxido de carbono subiram na mina desativada, os níveis de oxigênio saíram na aldeia", explicou Berdybek Saparbayev, vice-presidente do Cazaquistão.
Estima-se que a "doença", que também apresentava sintomas como dor de cabeça e perda de memória, afetou cerca de 160 pessoas desde 2012, sendo que as crianças foram as que mais sofreram com as alucinações. Uma menina chegou a ver sua mãe com uma tromba de elefante. Outro garoto acreditou que tinha lâmpadas e cavalos girando ao redor de sua cabeça.
A identificação do carbono no ar foi realizada após testes de especialistas russos. Agora, Kalachi e a cidade-fantasma vizinha Krasnogorsk estão sendo evacuadas. Todas as famílias receberão ajuda de custo do governo para recomeçarem suas vidas em outro local.